A demissão (reestruturação) é uma experiência que pode abalar profundamente a vida de um profissional. Quando malconduzida, pode deixar cicatrizes emocionais e impactar negativamente tanto o profissional quanto a cultura organizacional. Vou tentar explicar o poder devastador de uma demissão, destacando a falta de empatia, o terrorismo psicológico que a precede, a falta de preparo dos envolvidos, além da importância da resiliência para se recuperar e seguir adiante no mercado de trabalho. E falo isso com a experiência de ter passado por várias reestruturações, umas eu fui desligado e outras acabei ficando. Infelizmente, são as “regras do jogo”.
O Terrorismo Psicológico que Antecede a Demissão
Nos dias que antecedem uma demissão (reestruturação), muitos profissionais enfrentam um verdadeiro terrorismo psicológico. Rumores, reuniões misteriosas e sinais sutis de que algo está errado criam uma atmosfera de ansiedade e insegurança no ambiente de trabalho. Esse período de incerteza pode ser ainda mais angustiante quando gestores, diretoria e o departamento de recursos humanos não fornecem orientação clara ou apoio emocional, deixando os funcionários desamparados diante do desconhecido.
Falta de Empatia no Processo de Demissão
A forma como a notícia é comunicada, a ausência de suporte emocional e a falta de consideração pelas circunstâncias pessoais do profissional podem agravar o impacto da demissão. A falta de empatia não apenas prejudica a relação entre empresa e funcionário, mas também mina a confiança e o moral de toda a equipe, deixando um legado de ressentimento e desconfiança.
Gestores e RH Despreparados
Um dos principais fatores que contribuem para uma demissão malsucedida é o despreparo dos gestores e do departamento de recursos humanos. Falta sensibilidade sobre como conduzir o processo. O resultado disso é uma demissão feita maneira desajeitada e desumana, causando danos irreparáveis à autoestima e bem-estar do profissional demitido, além de afetar negativamente a reputação da empresa.
Falta de Critérios na Escolha dos Demitidos
Outro aspecto devastador é a falta de critérios na escolha dos profissionais a serem demitidos. Quando as demissões não são baseadas em critérios objetivos, como desempenho, habilidades ou necessidades organizacionais, os profissionais podem se sentir injustiçados e desvalorizados. Isso pode minar a confiança na empresa e criar um clima de desmotivação e instabilidade entre os funcionários remanescentes.
A Importância da Resiliência e do Recomeço
Apesar dos desafios enfrentados durante e após o desligamento, é importante lembrar que a vida segue. Os profissionais demitidos precisam estar preparados para lidar com a situação com resiliência e determinação. Isso pode envolver buscar apoio emocional, desenvolver novas habilidades e redes de contatos para explorar novas oportunidades de trabalho. Ao manter uma atitude positiva e focada no futuro, é possível transformar uma demissão em uma chance de crescimento pessoal e profissional.
A vida segue, e cada demissão é uma oportunidade para aprender, crescer e se reinventar no mercado de trabalho.