Não é a toa, que o meme mais compartilhado entre meus colegas de 20 anos de indústria farmacêutica foi que o Covid-19 foi o maior fomentador da transformação digital na forma de divulgar medicamentos na indústria farmacêutica.
Verdadeiros exércitos de representantes farmacêuticos estão nesse momento mobilizados em suas residências com pouco poder real de atuação nas indústrias farmacêuticas.
As perspectivas de abertura gradual e volta à normalidade, ainda são muito difusas e mesmo que assim seja, o marketing digital já era uma tendência forte em crescimento no segmento.
O que muitos ficarão surpresos é que o Marketing Digital não existe. Existe Marketing e o digital é mais uma forma de dar super poderes ao envolvidos no processo. Por que tanto espanto? O digital já faz parte do nosso cotidiano normalmente como consumidores. Por que seria diferente nesse caso?
Estamos há mais de 60 anos acompanhando as evoluções do marketing farmacêutico, segmentando funções, criando departamentos, deixando de usar as fichas de visitação médica, passando para sistemas de CRM em diversos aparelhos, depois tablets, formas virtuais de treinamento e reunião. Por que seria diferente com a forma de abordar nossos públicos?
O que defendo é que precisamos tirar os exércitos de representantes da posição que chamamos de topo de funil, para posicioná-los em estágios mais nobres, mais próximos dos estágios de conversão dos clientes finais.
Faz algum sentido lógico, em pleno 2020, bater de porta em porta, de consultório em consultório, indiscriminadamente, estacionar o carro, esperar sua vez para abordar e dar continuidade no seu trabalho?
Não seria mais proveitoso visitar os profissionais que estivessem “aquecidos” pelo consumo de conteúdos digitais interessantes, proveitosos e que fazem de fato diferença na resolução das suas dores como cliente? Prometo que não vou dizer que conteúdo é Rei porque vai parecer clichê.
Por que não criar essas camadas de conteúdo, atividades e portas de entrada digitais, auditá-las e entrega-las para que os profissionais continuem fazendo o que sabem fazer de melhor? Divulgar, promover, engajar e enriquecer cientificamente os profissionais de saúde.
Marketing digital não existe, mas ele já chegou e daqui não sairá mais.
Sou Farmacêutico formado pela USP e possuo pós graduação em Administração de Marketing pela FAAP e MBA em Gestão de negócios pela FIA. Verdadeiramente apaixonado pelas ciências farmacêuticas e marketing, uma mistura rara porém muito vantajosa para agregar valor neste mercado. Atuei em diversas empresas farmacêuticas nacionais e multinacionais em todos departamentos subordinados ao marketing e no próprio sendo gerente de produto e posteriormente gerente de grupo.
Entrem em contato: +55 11 99102-8584 ou luizmarcelo@rojopublicidade.com http://www.rojopublicidade.com/
3 Comments
Roberto
Fato que o consumo de informação no formato digital é uma tendência, porém no formato da medicina no brasilz com médicos sem compromisso dom horário, recepção lotada, paciente esperando no corredor etc…. Fica muito difil ver essa transformação acontecendo de forma rápida e simultânea neste momento. Para consultores onde existe a necessidade de uma visita com mais tempo, onde o médico aguarda por um conteúdo para falar sobre produtos de alto custo esse trabalha não sofrer tanto com o silêncio dos médicos nas plataformas digitais e nos seu smartphones. Porém pra grande maioria esmagadora da indústria dom produtos onde existem diversas opções de mesma molécula a sorte que se tenta visitando o mesfi9 presencialmente é mais efetiva. De toda forma o tempo vai dizer como tudo isso vai acontecer
Luiz Marcelo Siqueira
Roberto, o médico de qualquer tipo é uma pessoa comum como qualquer outra. O consumo do conteúdo digital depende da forma e da qualidade de faze-lo. Na media, entregamos materiais bem ruins para médicos, presencialmente ou de forma digital não devem trazer resultados.
Paulo Souza
Luba! Um dos maiores professores que já tive na Ind. farmacêutica! 🙏🏻🙏🏻🙏🏻